The Fault In Our Stars - Assisti
15:04Amei! Simples assim.
O filme é muito fiel ao livro, e eu digo com todo o coração que ele é melhor do que o livro. Sim, o filme é melhor que o filme. Bizarro, não é!?
Eu li o livro há um bom tempo atrás e, bom, eu gostei, mas é ele me deu uma leve sensação de "decepção". Que dizer, eu peguei o livro e fiquei encarando a capa por minutos e pensando "meu Deus, eu tô com o livro mais falado e amado pelo povo" e eu não conseguia acreditar nisso. Era tanta expectativa, tanta vontade de conhecer o mundo de que todos falavam, que quando eu terminei de ler, eu fiquei meio confusa. Não é tão bom assim! Para uma melhor explicação, digo: o livro é bonito, emocionante etc, mas é meio... parado. Eu sei que não é como os livros de ações ou fantasia que eu costumo ler, mas eu esperava não conseguir desgrudar os olhos do livro, gastar milhares de caixinhas de lenço e ficar praticamente obcecada. Mas eu folheava e pensava "jesuis, cadê aquela emoção?". Era como se fosse uma pagina com lindas citações e momentos que me fizeram chorar, e outra só com palavras que não me fazia ficar tão animada para terminar de ler o livro. Posso ser a unica, mas toda essa reação citada a cima eu tive ao assistir o filme, não a ler o livro. Sei lá, não é como se eu tivesse odiado o livro, mas é que eu esperava mais. Não me julguem!
Mas o filme é perfeito do inicio ao fim e ponto. As minhas únicas reclamações (que na verdade, não são tão relevantes) são:
- que eles tiraram a parte que os Gênios brigam com o Gus, dizendo para ele não ir a viagem. Isso no meu ponto de vista é importante, porque essa briga ocorre basicamente pelo câncer dele - então seria uma preparação para o que viria a seguir, além de um pouco de suspense. Mas tudo bem.
- E eles também tiraram aquela amiga da Hazel, Kaitlyn. Não é como se ela tivesse um grande papel no livro, mas também é boa pois ela tira a imagem da Hazel que temos no filme, que só tem como amigos os pais.
- Aquela ex-namorada do Augustus, a Caroline, que parece com a Hazel e pá. Depois que a Hazel vê que ela morreu de câncer, e vê o que aconteceu com as pessoas ao redor da Caroline, ela começa a se ver como uma granada. No filme, essa cena é até meio inesperada porque você já fica "opa, já estamos nessa parte?".
- E por que diabos "A Culpa é das Estrelas"? No livro vimos que a culpa é das estrelas por dar o câncer aos personagens, já que eles não escolheram isso. No filme, não.
O tracklist do filme é também muito bom (com direito a Jake Bugg, uhu).
E agora, vamos falar sobre um assunto muito tocante: A amizade entre Isaac e Gus.
Isaac, aquele ser humano que inspirou o "okay" ("acho que o okay será o nosso sempre" *_*) e que disse "Eu não quero ver um mundo sem Augustus".
"O Augustus Waters era um filho da mãe autoengrandecedor. Mas nós o perdoamos. Nós o perdoamos não porque seu coração figurativo era tão bom quanto o coração literal era ruim, nem porque ele sabia segurar um cigarro melhor que qualquer outro não fumante na história, nem porque ele viveu dezoito anos quando deveria ter vivido mais.
— Dezessete — O Gus corrigiu.
— Estou presumindo que você ainda tenha algum tempo de vida, seu filho da mãe que só sabe interromper os outros.
Vou dizer uma coisa para você — O Isaac continuou — O Augustus Waters falava tanto que seria capaz de interromper a pessoa falando em seu próprio enterro. E ele era pretensioso: Meu Jesus Cristo, aquele garota nunca mijava sem pondera a respeito das ressonâncias metafóricas abundantes na produção de dejetos humanos. E ele era vaidoso: Não creio ter conhecido uma pessoa mais atraente fisicamente que tivesse uma consciência tão profunda da sua própria atratividade física. Mas só digo uma coisa: Quando os cientistas do futuro aparecem na minha casa, vou manda eles se foderem, porque não quero ver um mundo sem o Augustus"
Então, para mim, o amor mais lindo e sincero de todo o filme é esse entre o Isaac e o Gus. Eu sempre amei as declarações de amor entre amigos, e ver isso em homens (que normalmente são mais fechados) é muito lindo. É impossível não chorar nessa parte, tanto no livro como no filme. É muito lindo! [correção: é impossível não chorar no filme todo]
Então, terminando esse post, aqui a música que faz o nosso coração se partir.
“Eu queria mais números do que provavelmente vou ter.”
— A Culpa é das Estrelas.
“Não posso falar da nossa história de amor, então vou falar de matemática. Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros. Um escritor de quem costumávamos gostar nos ensinou isso. Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Queria mais números do que provavelmente vou ter, e, por Deus, queria mais números para o Augustus Waters do que os que ele teve. Mas, Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso.”
— A Culpa é das Estrelas.
"Meu nome é Hazel. O Augustus Waters foi o grande amor estrela-cruzada da minha Vida. Nossa história de amor foi épica, e não serei capaz de falar mais de uma frase sobre isso sem me afogar numa poça de lágrimas. O Gus sabia. O Gus sabe. Não vou falar da nossa história de amor para vocês porque, como todas as histórias de amor de verdade, ela vai morrer com a gente, como deve ser.”
— A Culpa é das Estrelas.
ps.: Algumas considerações não tão importantes:
- Como será que se sente a namorada do Ansel (Gus), a Violetta, com todo isso? Obviamente ela deve estar orgulhosa, mas tirando isso, realmente deve ser muito estranho ver o seu namorando fazendo um filme tão bonito assim com outra mulher. E ver todos aqueles posts e fãs loucos pelo seu namorado com outra mulher... Nossa!
- E eu amei o quarto da Hazel. Tão americano e típico das fotos do WeHearIt!
- Amei as caixas de mensagem do filme. Deu aquela cara de filme de adolescente e ficou moderninho. Gostei!
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