Parece que faz anos que não dedico um tempo para escrever algo aqui.

E talvez faça, nem tenho certeza.

Bom, muita coisa mudou.

Acho que a mais importante é: agora tenho 18, e a vida continua... Normal, para não falar algo inapropriado. Minha vida ainda é a mesma de quando eu tinha 17, ou até 15. Eu não me mudei para um apartamento só meu, não tenho um emprego e não estou com tudo encaminhado, como eu pensei que teria com 11 anos. Não estou saindo bastante para shows e pubs, não estou voltando pra casa vomitando depois de beber demais, não estou vivendo a vida louca de um adolescente. E isso é bem frustrante, para ser sincera.

Aproveitando ainda para falar um pouco sobre o terceiro ano do ensino  médio: que fase! A pressão gerada pelos vestibulares só me enlouqueceu no começo do ano (e lembro quando eu chorava com a pressão!) e no final, um dia antes do Enem (eu realmente chorei toda a água do meu corpo nesse dia!). De resto, eu aproveitei bastante. Ri, chorei, me machuquei, levantei, passei por situações maravilhosas e outras nem tanto, mas aprendi com tudo. A ideia de "último ano" surtiu tanto na minha cabeça que eu me permiti fazer coisas que eu nunca faria, e a maioria só me proporcionou coisas boas... Um namorado, por exemplo.

Dia 11 nós fizemos 8 meses. No começo, eu sentia um frio no estomago só de pensar que agora eramos namorados. Até sair de mãos dadas na rua era algo bastante estranho pra mim, apesar de legal. Ambos eram novatos no lance de namorar, então até hoje ainda estamos aprendendo bastante. Já passamos por bastante coisa juntos, ele se tornou o meu melhor amigo e acho que isso é o que nós mantêm firme quando acontece algum problema. Ele já era meu amigo antes, e depois do namoro, a gente só se aproximou, e isso é essencial em todo relacionamento. O amor/paixão não é suficiente para manter um namoro,  conversa e respeito são essenciais. Isso foi o que eu descobri nesses 8 meses.

Nesse tempo, eu também entrei na faculdade de Direito. É um assunto um tanto quanto confuso de falar. Nos primeiros meses, eu estava bastante frustada (é, 2018 tem me frustrado bastante até agora), porque nada estava indo como eu planejei. Eu não fiz novos amigos, as aulas eram chatas e nada ia de acordo com as minhas expectativas. Hoje em dia, eu estou lidando com isso de uma forma melhor. Eu continuo sem novos amigos, mas, felizmente, me aproximei bastante das pessoas que eu já conhecia. Minha cidade é tão pequena que eu estudo com umas 8 pessoas que eu estudava na época de escola, inclusive uma das minhas melhores amigas. Foi bastante difícil no inicio, pois não eram as minhas pessoas favoritas na escola (tirando a Nathy, opa!) e eu queria fazer novos amigos, mas, por já nos conhecermos, acabamos ficando todos juntos. Hoje em dia, eu os conheço melhor e agradeço a faculdade por isso. Sobre as aulas... Bom, elas continuam não sendo o que eu esperava, são bastante teóricas e não é nada como eu via nos filmes. Mas, aos poucos elas estão ficando legais. Menos Psicologia Forense, porque sempre foi legal e é a minha matéria favorita desse período. E Ciência Política também é muito boa, principalmente quando o professor comenta sobre situações que acontecem no nosso país.

Por fim, a coisa mais importante que aconteceu nesses últimos meses. Meu intercâmbio para o Canadá. Escrevendo isso agora, eu me sinto bastante arrependida por não ter feito um "diário de intercâmbio" lá - mas, para ser sincera, eu estava sempre tão eufórica com tudo que nem escrevia muito lá. Eu passei um mês em Montreal, na casa de brasileiros, mas estudando em uma escola internacional de linguas, ALI. Foi de longe a experiencia mais enriquecedora do ano, e só de escrever isso, eu sinto um peso enorme no coração.

Bom, eu escrever mais sobre o intercâmbio em um próximo post, eu estou bastante empolgada para contar um pouco das minhas experiencias. 

Beijos,

Flávia.