Cante alto seus sonhos (02/06/2017)

17:26


É uma sensação indescritível, essa de ser fã de uma banda por anos e finalmente poder presenciar o trabalho dela ao vivo. Conheci Scalene há mais de 3 anos, tenho fã clube por causa da banda, já conheci várias pessoas por causa da mesma. Mudei minha forma de pensar e ver o mundo por causa das músicas. Já sofri, chorei e fiquei feliz por eles. Foram várias noites acordada até tarde para votar quando a banda participou do Superstar. Várias crises de ciúmes quando a banda ganhou mais repercussão depois da participação no programa, mas o orgulho superava tudo. Foram vários anos vendo outros fãs (e até gente perto de mim que nem era fã) conhecendo os meninos e tendo oportunidades, enquanto eu só assistia e sentia inveja (quem não?). Scalene é o tipo de banda que faz o possível se aproximar dos fãs, não importa como. Por meets, pelas redes sociais. Scalene é uma banda presente, isso não há como negar. E, apesar de já ter sido notada por eles na rede, era bastante irritante ver as outras fãs com fotos e contando histórias de shows e conversas enquanto eu não tinha o mesmo para falar.

Quando eles anunciaram o show na minha cidade, eu surtei. Fiquei super ansiosa e na mesma hora informei aos meus pais (é, vida de menor é isso mesmo). Com o meu ingresso em mãos, eu só esperava o dia. O estranho foi que a ficha não tinha caído. Certo, eu tinha o ingresso para o show da minha banda favorita na minha cidade, mas e? A ficha só caiu mesmo no dia. E algumas horas antes do show. Uma hora antes de eu sair de casa, pra ser mais exata. 

Eu tive a maior sorte da vida. Meus amigos até me zoaram depois disso, disseram que "nasci com a bunda virada pra lua". Resumindo: eu cheguei mais cedo no local do show para ficar na fila e pegar lugar na grade. Mas ninguém havia chegado, e eu fiquei na porta do local esperando a minha amiga que tinha ido para o meet. Sim, eu não havia comprado o meet. Por mais fã que eu seja da banda, não curto a ideia de pagar para conhecer humanos (obrigada The Maine por isso). Enfim, eu estava paradona, meio surtando porque eu conseguia ver os integrantes da banda do lugar que eu estava. E, naquele momento do dia, eu já estava arrependida por não ter comprado o ingresso com o meet, mas o caso foi que eu nem precisei.

O mundo é até justo, às vezes. Foi como mágica. 

Eu estava na porta, surtando de leve, enquanto os caras perambulavam pelo local e se preparavam para voltar para o hotel (eles haviam acabado a passagem de som). Uma a um, eles passaram pela porta, onde eu os cumprimentei com um sorriso enorme e o coração batendo forte. Primeiro passou o Samyr (o quinto integrante) seguido pelo Lukão - eu cumprimentei os dois e o Samyr fofo maravilhoso e lindo abriu os braços e me abraçou. Quase chorei de emoção. Eu ainda tentava entender o que estava acontecendo quando o Makako veio andando. "Oi Philipe!" e ele respondeu e me deu um abração. Nessa hora, eu finalmente lembrei de pedir uma foto. "Tiro até duas!", um amor. Depois que eu tirei a foto, a gente conversou rapidinho e ele saiu. Eu só precisei esperar mais um pouquinho antes do Tomás aparecer (e a foto com ele saiu tremida, tamanha a minha euforia!), e depois veio o Gustavo e o Diego Marx, o produtor. Só quero dizer uma coisa: o olho do Gustavo pode cegar qualquer um! E ele me beijou na bochecha, ISSO MESMO, EU POSSO MORRER FELIZ! E o Diego é um cara super foto e simpático e saiu um amorzinho na foto!

Só até ali, era a melhor noite da minha vida, e o show nem tinha começado. Muito pelo contrário, os shows só começariam às 22h30, e a gente tinha chegado lá de 19h. E ainda teriam duas bandas antes de Scalene, mas foi legal mesmo assim. Minha amiga e eu fizemos algumas amizades com um funcionário da Alagou e um cara que vendia os merchs (nem perguntei o nome dele!). E a gente conheceu o Fresno, que também tocaria. Assistimos a passagem de som deles, é realmente algo bem íntimo e mágico. 

Os shows começaram e foi legal. Quem abriu foi uma banda chamada Expresso 59, seguida por Fresno (e o Tomás e o Lukão assistiram o final do show, foi difícil me concentrar com eles lá). Eram 2h00 da manhã quando Fresno saiu do palco e eu estava com fome, dor das costas e meu pé estava me matando. Mas a ansiedade estava a mil enquanto a Equipe Scalene preparava o palco. 

Finalmente o show começou e O POVO ESTAVA LOUCO! Sério, todo mundo cantava, pulava, balançava a cabeça pra frente e pra trás! Eu estava mesmo em um show de rock, com outras pessoas que gostavam de Scalene tanto quanto eu - o que foi uma surpresa, pois eu nem conhecia outros fãs por aqui. 

é, eles estavam assim perto de mim
Foi o melhor show da minha vida, sem mais. Claro que eu nem fui pra tantos shows assim (infelizmente, os únicos shows da minha vida foram Sandy & Junior quando eu era criança e Tiago Iorc no ano passado), mas esse foi de longe o melhor. Os caras tocando, na minha frente, todas as músicas que eu cantava no escuro do meu quarto, com os rostos que eu só via pela tela pequena do meu celular. Eu estava bem na grade, às vezes o Tomás insistia em se aproximar mais da borda do palco e eu precisava me controlar pra não agarrar a perna dele igual a uma louca.

Enfim, o show acabou e eu consegui a setlist. Tomás lindão ouviu meus gritos <3. Eu poderia mesmo ter pegado a garrafa de água e a toalha suada que o Gustavo jogou, mas foi meio fora do meu alcance. Eles passaram segurando as mãos dos que puderam, e o Makako sorria tão simpático enquanto segurava minha mão. Cara mais simpático da vida.

Melhor banda do Brasil. 

Fiquei até depressiva depois, porque passou tão rápido.

E eu acabei encontrando um cara com a blusa do 8123 no início do show. Eu o encontrei de novo (na verdade, eu fui atrás dele) no fim do show e a gente ficou pulando e se abraçando. Fã de The Maine é uma espécie em cidade pequena, todo encontro precisa de comemoração. E, esse mesmo cara, foi no show do The Maine aqui no Rio e subiu no palco. Quase morri quando vi os vídeos no Instagram dele.

um beijo,
f.

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