Dia 13 de Janeiro, a Netflix liberou mais uma adaptação original: Desventuras em Série. A série foi anunciada há mais de um ano, e desde então eu esperei pela série com muita empolgação. Eu amava o filme (quem nunca assistiu na Sessão da Tarde? hehehe), e sabia que a série ia ser tão boa quanto.

Resolvi ler os livros, para ter uma ideia do que esperar. Eles são ótimos, a leitura é fácil, é engraçado e são até curtos (pelo menos, os primeiros), o que é um incentivo para os leitores mais preguiçosos. 

Eu acordei as 8h da manhã na sexta-feira 13 de janeiro, para poder ver os episódios. Isso é muito cedo, visto que eu estou de férias. A primeira surpresa: A abertura. O Barney (aka Neil Patrick Harris) cantando, dando uma amostra do que aconteceria no episódio. Não que eu tenha visto as outras aberturas além da primeira, afinal, QUEM NÃO PULA AS ABERTURAS?

Eu demorei alguns dias para assistir a série inteira - o que foi uma surpresa, visto que eu estava muito ansiosa antes da estreia. Era o seguinte: eu já não consigo passar muito tempo com os olhos grudados na tela. Devo ter um pouco de hiperatividade quando se trata de filmes, porque eu preciso de alguma coisa que me faça fica com os olhos ali - normalmente é comida. Ou a série é muito intrigante, muito boa mesmo, daí eu consigo ficar quieta, ou eu tenho comida do meu lado ou o celular para jogar. 

Então, além da minha preguiça regular em relação a séries,  eu assisti os primeiros episódios e fiquei com preguiça, mas uma diferente. Talvez porque eu já havia assistido aquilo no filme, talvez porque havia acadado de ler os livros... Não sei, só fiquei com preguiça.

Também começavam a acontecer coisas que me deixavam irritada. Eu sou mesmo aquela pessoa que repara muito nas diferenças entre livros/series e filmes, então eu percebia muitos detalhes que mudavam.  Como a quantidade de ajuda que as crianças tiveram ao longo da série - isso foi algo que me irritou o bastante. Por exemplo, o Larry "garçom" que deu a ideia das crianças comerem a bala de menta para terem alergia e se livrar do Conde Olaf. Tirou um pouco do mérito e da inteligencia das crianças, que sempre pensavam em tudo sozinha, visto que nunca tinham nenhum adulto legal por perto (como sempre era enfatizado). Também teve a secretária do Sr. Poe, que estava sempre ajudando - mas eu tento não pensar muito nela, porque ainda não terminei todos os livros, então vai que ela sempre esteve ajudando e eu não sabia?

Outra coisa que me deixou MUITO confusa e irritada foi a presença dos pais. Eu fiquei chocada por eles estarem vivos. E fiquei muito irritada, porque pensei que isso era spoiler os últimos livros. Mas então, eu fui assistindo a série e; eles não são os pais dos Baudelaire. São os pais dos trigêmeos do colégio interno!!!!!!!!!! E faz mesmo sentido, porque quando o Klaus viu a foto que achou dos pais, o foco vai para dois casais: o que pensávamos que eram os pais deles, e outro que ninguém sabia quem era. Agora sabemos quem eram os dois casais. Eu simplesmente fiquei tão feliz.

Preciso dizer: Não vejo a hora da segunda temporada. Amei que eles já apresentaram os trigêmeos e o colégio interno (e era exatamente como eu imaginei!), até o diretor Nero com o violino!Se bem que isso é muito torturante... Bem que eles podiam ter liberado a série inteira de uma só vez, não é?

Posso dizer que amei todas as atuações. A única que eu demorei um pouco para me acostumar foi a Violet - às vezes senti o personagem meio forçado. Sunny é simplesmente o bebê mais fofo do universo, e o ator do Klaus conseguiu fazer com que eu me apaixonasse ainda mais pelo personagem. Sr. Poe é irritante igual os livros. Nada a acrescentar sobre Conde Olaf, só digo que o Barney realmente me surpreendeu com a atuação (não sei porque, visto que ele é o Barney!!!). A Tia Josephine era diferente do que eu imaginei nos livros, pois eu a lia como uma mulher muito medrosa e muito frágil - a Josephine da série era um tanto quanto louca, mas se o diretor assim quis, tudo bem.

O único personagem que me deixou decepcionada foi o Senhor. Podiam ter colocado um monte de fumaça no rosto dele através de uma edição, como fizeram mil vezes com o rosto da Sunny (e que vergonha toda vez que faziam isso).

Mas tudo bem, a gente aceita.