"Quando mudam os acontecimentos, mudo de ideia.".

17:30

"Who care what happens when I die

As long as I'm alive, all I wanna do is rock"

                                                                                                - Take Me Down, The Pretty Reckless


Conheci a banda quando tinha 11, 12 anos. Em pouco tempo, era a minha banda favorita e tudo se resumia nisso. Quando eu tinha 14 anos, liberaram o segundo álbum (o tão esperado álbum!!!). Com aquela idade, eu achava os assuntos da música um tanto quanto pesado - não por falarem abertamente sobre sexo e usarem palavras de baixo calão, mas pelo teor religioso das músicas. Going To Hell, Follow Me Down e Heaven Knows. Eu já tinha minhas dúvidas perante religião e afins, mas ainda achava os temas polêmicos. Tinha até medo de escutar certas músicas no escuro.

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Passei um tempo sem escutar TPR. Hoje, não sei o motivo... Certo, sei sim: eles passaram quase 5 anos sem lançar nada novo e quando lançaram, eu já estava viciada em outras bandas e em um novo estilo - além de achar as músicas provocativas demais. Mas, consigo lembrar o porquê da banda ser a minha favorita quando eu era mais jovem.

Em um ataque de nostalgia, eu fui escutar bandas que eu escutava o tempo todo quando era menor - basicamente, Oasis e The Pretty Reckless. Acabei assistindo o clipe de Take Me Down e simplesmente me apaixonei pelo clip e pela letra.



Eu já havia escutado a música antes, mas tudo fica diferente quando você presta atenção. Além dessa, escutei Why'd You Bring a Shotgun to the Party, House on a Hill, Where Did Jesus Go e outras com que eu ainda interpreto de mesmo jeito.

Eu repudiava o álbum Going to Hell - pelo menos, todas as músicas que falavam sobre Deus/diabo. Hoje, entendo como uma ironia. Conheço tantos religiosos que falam cada coisas absurdas em nome de Deus - minha mãe, por exemplo, que insiste em dizer que é pecado coisas cotidianas que não interferem em nada na nossas vidas. É pecado chamar o outro do idiota. É pecado fazer sexo fora do casamento. É pecado respirar, é pecado viver. Se for assim, estamos todos condenados. Going to hell.



Desde que nasci fui orientada para ser religiosa, para acreditar em Deus, para ser uma boa cristã. Já tentei bastante, e hoje simplesmente aceito que não sou. Percebo que não entendo, não me importo o suficiente, não me sinto tocada por nenhuma religião. Não estou muito preocupada com o que vem depois, só me importo com o que tenho certeza que existe: o agora. E é imensamente difícil admitir isso em uma família cujo todos os membros acreditam imensamente na divindade superior. Hoje, eu entendo as músicas como ironias, sátiras e questionamentos. Pode até ser que as músicas sejam macabras e queiram realmente dizer o que significam, mas na minha mente, é diferente. Going to Hell, para mim, não significa mais going to hell. É um desabafo.

O título da postagem se aplica totalmente com o que vivo agora. Mudei tanto desde que comecei a escutar a banda, e hoje interpreto tudo de modo diferente. Why'd you Bring... fala sobre o sistema atual e sobre como ele é um fracasso. Fucked Up World segue a mesma ideia, mas falando sobre o mundo em si (penso tanto na humanidade hoje e me pergunto se algum dia teremos paz!). São apenas tantas músicas com diversos significados, uns claros e outro subjetivos. 

Ahhh, e finalmente me dediquei e escutei todo o Who You Selling For. Provavelmente é o melhor álbum deles.

Beijos,
F.








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